10 coisas que você precisa saber sobre a Geração Y
O que seria “Geração Y”? Isso é algum tipo de código ou enigma?
Não! Essa é a descrição da geração do milênio, isto é, pessoas nascidas depois do ano de 1980 e antes do ano 2000. Eles são os sucessores da geração X e estão construindo o caminho para a Geração F (a geração Facebook, composta pelos jovens que nasceram na era das mídias sociais). Todas as gerações têm algumas características arquetípicas e únicas que as distinguem das gerações anteriores, o que leva a um óbvio conflito (de interesses, valores e crenças) entre elas. Se você quer saber de onde vêm as expectativas exageradas deles, porque eles mudam de emprego frequentemente e quais são seus maiores problemas, você irá encontrar abaixo uma análise psicológica e social das pessoas nascidas nessa geração. Leia com atenção – essas pessoas são seus potenciais consumidores, empregados e quem sabe até seus chefes.
1. Eu sou especial
O Comunismo era baseado em destruir a individualidade e focado em promover a coletividade. Por definição, o capitalismo investe em indivíduos, encorajando-os a melhorar a si próprios. Tendo crescido depois das transformações políticas que marcaram as duas últimas décadas do século passado, a Geração Y recebeu uma mensagem clara: Você é importante, você é a coisa mais importante e você é o seu melhor investimento. É produtivo acreditar em si mesmo, mas por outro lado, há também o narcisismo e a arrogância. As pessoas da Geração Y são, portanto, “as melhores”, mas imodestas.
2. Lixo futuro
A Geração Y investe em coisas que podem ser mudadas, isso é o futuro. Esqueça coisas como tradição, patriotismo na forma de encontro com veteranos ou amor por poesia. Essa é uma geração rápida e tecnológica com seus olhos voltados para o que ainda está por vir. Políticos falando sobre o passado não os atingem de forma alguma.
3. Se trata de sorte
O que a Geração Y quer é equilíbrio e satisfação. A felicidade é entendida em termos de qualidade, então ela não diz tanto a respeito de “ter” como de “ser”. Eles não fogem da pobreza como seus pais. Eles não se sentem como se fossem piores que os outros e não tem que provar seu valor com bens materiais. Eles não precisam ter um carro ou uma grande TV para serem capazes de se exibir para seus vizinhos e para se destacar da multidão. Eles trocariam facilmente suas horas extras por cerveja com seus amigos.
4. Nós jogamos em time
Coitados dos empregadores que acreditam no método da cenoura em uma vara de pescar. As pessoas da Geração Y estão à procura de parceiros e não se sentem bem trabalhando em empregos monótonos, porque esses não permitem que eles atinjam o principal objetivo dessa geração – satisfação pessoal. Eles procuram por um lugar no qual eles podem brilhar, descobrir a si mesmo e desenvolver suas competências. Eles são muito mais interessados por uma estrutura plana em seus trabalhos (nós somos todos iguais, ainda que sejamos responsáveis por coisas diferentes) do que por mecanismos hierarquizados de chefes e subordinados. A autoridade do chefe não depende de seu cargo, mas de suas características pessoais e de sua competência.
5. Tudo é legal
Casamento homossexual? Claro! Legalização da maconha? Já estava na hora! Divórcio por e-mail? Torna as coisas mais fáceis! Eutanásia? Todo mundo tem direito de tomar decisões sobre a sua própria vida. A geração do milênio tem uma postura neoliberal com a política, cultura e economia. Eles evitam conservadorismo. Eles são mais abertos ao conceito do mundo como uma vila global e são mais partidários da ideia do nosso planeta como um todo do que da ideia de Estados Nações. Esse é o mundo de mulheres que podem seduzir ativamente um homem, e de homens que não tem vergonha de serem sensíveis.
6. Peter Pans e Princesas Pans
As pessoas da Geração Y não querem crescer. Elas não se importam de viver com seus pais apesar do passar dos anos. Eles pensam que se tornar adulto não é uma questão de idade, mas sim de maturidade, ou seja, características e habilidades pessoais. Eles se sentem desencorajados pelos erros cometidos pelas suas mães que, depois que casaram, abandonaram seus empregos e começaram a cuidar da casa e das crianças. Eles não querem acabar que nem seus pais, que trabalham em trabalhos estressantes de manhã até a noite sem ter nenhuma vida privada. “Essa não é a coisa certa a se fazer” não é uma frase muito popular para as pessoas da Geração Y, pelo menos não tanto quanto para a Geração X.
7. Multitarefas
Graças ao desenvolvimento tecnológico, o cérebro das pessoas da Geração Y está acostumado a um tipo diferente de estímulo. Ele pode focar em muitas coisas ao mesmo tempo, ele precisa de novos estímulos com mais frequência e ele substitui o vício pelo álcool e pelas drogas com o vício do celular e de estar constantemente online. Essas pessoas precisam ser constantemente estimuladas, caso contrário elas ficarão entediadas.
8. Desamparo adquirido
Pais que cresceram acostumados a não ter tudo que gostariam tendem a ir para o oposto extremo e dar para seus filhos tudo aquilo que eles próprios não tiveram. Jovens que têm suas decisões constantemente tomadas por outras pessoas e que não tiveram que “dar seus pulos” para seguir adiante (o que deve ser lembrado por aqueles que sabem como uma fita cassete e uma caneta funcionam juntas) esperam que a vida seja rápida, fácil e divertida. Elas querem mudar o mundo até o mês que vem, elas pensam que vão atingir os resultados imediatamente (elas são impacientes) e querem que sua enorme vontade seja percebida por outros, esperando receber gratificações imediatas.
9. Competitividade
Essa é uma geração de pessoas que foram apresentadas desde cedo a jogos eletrônicos, e que, portanto, têm que ser constantemente engajadas. Elas precisam de novas fases, da possibilidade de ganhar ou perder e de oponentes maiores a cada novo nível. Elas precisam receber feedbacks, então não se surpreenda com sua constante busca pela resposta da pergunta: E como está indo?! A vida é um jogo de computador. Tenha certeza de ler tudo sobre a “gamefication” (joguificação) e observe suas características no ambiente de trabalho que você frequenta.
10. Equilíbrio entre trabalho e vida
Se você pensa que as pessoas da Geração Y irão trabalhar do raiar do sol até tarde da noite, pense novamente. Tempo livre é tão importante quanto desenvolvimento profissional, e viver a vida plenamente é mais importante do que o sucesso material. Equilíbrio entre corpo, mente e espírito é um valor mais importante do que o dinheiro, então desenvolva essa cultura na sua empresa. Caso contrário, a Geração Y vai ir atrás da empresa concorrente sem nenhum remorso, porque as organizações não deveriam restringi-los.
Você é um empregador que quer se comunicar com eles melhor? A chave para isso é uma empresa que permite que eles desenvolvam suas competências, oferece possibilidades de crescimento, flexibiliza os horários de trabalho, cria planos de carreira e tem autoridade sem usar do autoritarismo. Ensine-os a ser criativos, estimule-os com prêmios, melhore os resultados, dê feedbacks constantes, não permita que o indivíduo exceda as capacidades da empresa e ajude-os a conciliar suas vidas pessoais e profissionais.
Fonte: Administradores
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